O PRAZER DE ESCREVER

Uma das mais importantes prerrogativas dada ao ser humano é o poder de comunicar-se por meio da escrita. Já imaginou, se não tivéssemos este meio para registrar nossas idéias, os resultados dos nossos estudos, nos­sos pensamentos? São estes registros que permitem ao homem ter acesso à sabedoria de seus ancestrais e avançar no desenvolvimento tecnológico, com uma velocidade cada vez maior.

É lógico que se por um lado alguém escreve, tem o objetivo de que alguém leia, e é evidente também a importância de aprendermos a ler, pois é pela leitura que podemos absorver um número maior de ensinamentos, tão úteis à formação do ser humano. No entanto, vamos focalizar aqui, mais a escrita e o prazer de exercitá-la. Você já fez, no mínimo, uma carta para um parente, um amigo, ou uma redação na escola? Já escreveu um texto para o mural de sua escola ou colaborou no periódico do seu colé­gio ou faculdade? Então você tem tudo para ser um escritor. Não estou aqui dizendo que será, necessariamente, um escritor famoso, autor de um best-seller, mas poderá, se quiser, ser um escritor, nem que este livro nunca venha a ser publicado. Ser um escritor tão-somente pelo prazer de escrever, pelo prazer de exercitar a língua pátria, pode-se dizer sem medo de errar: só o fato de escrever suas próprias idéias, seus próprios pensamentos, suas elucubrações, já permitem avançar no aprendizado do seu conhecimento, e será de suma importância para seu desenvolvi­mento pessoal.

Agora, se você tem a pretensão de publicar sua obra, vá em frente com seu projeto, vale a pena perseguir este nobre ideal. São inúmeras as barreiras que deverá transpor, a começar pela escolha de um tema interessante que irá atrair o leitor e também pela administração do seu tempo para se dedicar a estudar profundamente este tema que escolheu. Depois terá pela frente a dificuldade de encontrar uma editora disposta a aceitar o seu projeto de publicação do livro.

Uma alternativa simples e interessante, para você que está querendo publi­car o seu primeiro livro, é você mesmo bancar os custos fazendo uma edição independente e promovendo também sua distribuição. Com um lançamento bem feito e usando sua cadeia de relacionamento, em pouco tempo terá de volta o custo do investimento realizado.

Existe também a prerrogativa de financiamento de fundos de incentivo à cultura, oferecido pelo governo, que embora exista uma fila extensa, vale a pena acreditar e tentar.

Minha experiência como empresário gráfico, há mais de 30 anos, tenho con­feccionado livros para as mais diversas áreas – livros técnicos, científicos, auto-ajuda, poemas -, enfim, dos mais diversos gêneros. Em todo este tem­po compartilhei por diversas vezes, da indescritível alegria dos autores por verem suas obras prontas. Parecia um filho querido que ali nascia. Foram também inúmeras vezes que participei das noites de autógrafos, quando tive a oportunidade de constatar sua gratidão a Deus por não terem desistido de seu propósito.

Confesso que lá no fundo, durante todos esses anos, acalentava o desejo de um dia poder também escrever e publicar um livro. Embora gostasse muito de escrever e já tivesse muita coisa escrita, eu queria que meu livro fosse algo muito especial e viesse acrescentar conhecimento com o propó­sito superior de ajudar o ser humano a ser feliz.

Portanto, a você que sonha um dia escrever um livro, deixo aqui a minha palavra de ânimo, não desista, persiga seu ideal, vá à luta, não desista nunca de seu sonho e espero poder um dia encontra-lo imensamente feliz em sua noite de autógrafos, agradecendo a Deus por não ter permitido que desistis­se, antes mesmo de ter tentado.